fases, uma autobiografia.
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essa é graça, ou desgraça, da vida.
esse não é um texto sobre fases como infância ou adolescência, o ginásio ou o colegial, escola ou trabalho, mas sim sobre as fases que vivemos dentro dessas fases temporais e físicas, são as que predominam um jeito de pensar, um jeito de agir ou até de se vestir, são as que priorizamos algo e depois não priorizamos mais, são as que temos maior contato com certas pessoas, as que formamos um trio e depois de um ano já é outro trio. as fases reais da vida.
já tive tantas fases, cada ano fui mais próxima de diferentes pessoas, construi diferentes amizades, amei diferentes coisas, muitas vezes em meses mudei. Tive muitas fases, mas todos nós já tivemos, a vida é assim, sempre se modificando, sempre com uma novidade, e ainda bem que ela é assim, afinal a rotina não foi feita para mim. Eu preciso quebrar a sequência sempre, eu adoro mudanças, mas as vezes dá muito medo.
medo de mudar e perder tudo aquilo que um dia foi meu, perder o pequeno espaço que tenho no mundo de algumas pessoas, perder pessoas não pelo ciclo natural e biológico da vida mas sim pelos caminhos tortuosos dela, tenho medo de me perder da minha essência e de esquecer o valor dos sentimentos, medo de esquecer os meus verdadeiros objetivos por trás da minha escolha profissional, posso dizer que não tenho medo do fracasso desde que eu continue tendo ao meu lado o calor das pessoas, desde de que eu continue sendo o que eu sou.
as fases são bem-vindas por mim, porém não quero que quando uma terminar a outra não permaneça com o que conquistei, não quero perder tudo o que tive na fase anterior. Eu quero acúmulo, preciso disso, afinal é assim que se constroi a experiência, o amor, a confiança, a amizade, a maturidade, a vida.