Sem nomear...
.
Pensar em termos e classificar as relações é ordenar o seu mundinho colorido.
Desnecessário, cansativo, lastimante, fracassado, impossível? Talvez...
Afinal, não é o nome da coisa em si que constitui a sua essência. Mas, sim, o valor simbólico que atribuímos a ela. São as relações, tanto pessoais quanto sociais, que a definem como determinada coisa. Então, se já existe esse emaranhado de sensações, esse conjunto abstrato de "classificações", já existe a coisa em si.
Não é o nome que a define, não adianta nomea-la, ela existe antes disso, é um dado "a priori", ela que constitui o nome e não é o contrário. Desse modo, as coisas são colocadas como intrínsecas a você, presentes no seu ser cuja existência independe de vontade propriamente dita.