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Desabafo.
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Quando tudo torna-se um vácuo.
E aí, você sente saudade não de pessoas, nem de circunstâncias e lugares, mas de sensações. A sensação de felicidade, de suprema felicidade. Mesmo sem saber se ela realmente existe, mas acreditando que um dia aquilo que confortou o seu coração, era essa tal de felicidade.
De repente, a gente descobre que tudo não passou de ilusão. Ah, a danada da ilusão, pega a gente desprevenido e para valer. Ela não quer nem saber se a queremos por perto (até porque sabe que não), ela vem sorrateiramente e se instala em nossos sentidos. Quando a notamos, já é tarde. Só aí percebemos que fomos iludidos pela própria ilusão.
No ápice da ilusão, nos deparamos com cacos pelo chão, o que se quebrou? Ah, você pode imaginar. Por culpa de quem? Apenas sua. Ninguém mandou deixar se levar pela doçura que ilude e engana.
Só nesse momento vemos o quão imenso pode ser o abismo, o quão gigante pode ser a tristeza e o quão perigoso é a ilusão.