sozinhos


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Caminhamos sozinhos pelas estradas desconhecidas, sem saber que caminhos trazem o que buscamos. Caminhamos feito cegos buscando o que não sabemos, caímos como crianças andando de bicicleta pela primeira vez. E temos que levantar, mesmo sem entender porquê e para onde. Caminhamos na esperança de encontrar aquilo que buscamos, mesmo sem saber o objeto da busca. Caminhemos...


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''Depois do medo, vem o mundo.''

Tu eres esa libertad soñada


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Te quiero porque eres tantas cositas bellas que me haces creer que soy...soy una colonia que va en busca de liberación y tu eres esa dosis de esperanza.

''Sê todo em cada coisa''


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Sê inteiro...
Põe quanto és...
Sem máscara, sem medo.
Sê inteiro em tudo, com todos.

E tente não esperar o mesmo dos outros.

Boa sorte.


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"Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir."
Rubem Alves

ilustrativo


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Por que você demorou tanto?


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Para me notar, para me olhar, para me enxergar? 

24


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Ganhei de presente do céu, uma noite de chuva.
A natureza quis assim, me presentear com algo que me lembrou as gotas que se acumulam e transbordam meus olhos.

A chuva chegou junto com as lágrimas ou as lágrimas chegaram junto com a chuva?
Não sei.

Pelo menos, esta mesma chuva, que é reflexo do meu interior transbordando, também me trouxe uma certa esperança.
Em algum momento a chuva acaba, em algum momento as nuvens somem, os ventos as levam para longe, eventualmente surge um dia ensolarado...

então é esse o momento?


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É assim que eu deveria me sentir? É assim que eu deveria me sentir em todos os momentos da minha vida? Então é essa a real sensação da solidão? 

O que você faz quando você se sente assim?


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Eu só queria que esse desconforto sumisse. Será que algum dia o sentimento de desconcerto do mundo vai sair de dentro de mim? Quanto mais eu caminho, mais perdida me sinto. O que você faz quando você se sente assim? Não consigo nem arrumar a bagunça dentro de mim, me sinto revirada. Parece que durante um bom tempo eu permaneci apática, parece que eu estava anestesiada em minha própria vida. De repente acordei de um sono profundo e já não reconheço nada ao meu redor. O que eu perdi? Como perdi? Cada dia que passa a realidade posta me sufoca ainda mais. Não sei para onde estou indo, não sei como vim parar aqui. Tenho 23 anos e todas as dúvidas do mundo.

Das nossas loucuras


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Estamos sós. A premissa está dada: estamos sós. Partindo disso deveríamos ser livres, nos sentir livres, buscar liberdade, entender a liberdade e vivê-la. Seria mais fácil sustentar nosso ser se a premissa não tivesse sido - dia após dia - desconstruída, maquiada e escondida de nós. Entender o pertencimento e a unicidade de nosso ser torna-se fundamental para compreender a liberdade individual e construir nossa identidade. Claro, não é possível ignorar a máxima ''o homem é um animal político'', mas não se trata de abandonar a ideia de sociabilidade humana, sim de abandonar a raiz de muitas das nossas loucuras.

Não fui capaz de encontrar uma palavra para identificar ''a raiz de muitas das nossas loucuras'', mas posso descrevê-la. 
Trata-se do impacto que o outro causa em nós, da imagem construída, do reflexo que as relações sociais nos causam. A sensação particular a que me refiro está pautada na visão sobre o modo como as relações tem se desenvolvido e as consequências da ''revolução tecnológica''; a falsa impressão de proximidade e pertencimento, a ansiedade e a busca incessante pelo outro, tais elementos parecem ser a gênese ''de muitas das nossas loucuras''.
Não posso dizer que é o certo, acho que ninguém o poderá dizer. Mas, ainda assim, afirmo que seria mais fácil viver se fôssemos capazes de transcender as presenças alheias e atingir o maior grau de compreensão da premissa dada.

Eu continuo falhando nessa missão.


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"Não tem jeito não, a gente sempre espera piorar, a gente sempre deixa de cuidar do que já tem na mão. Mas é sem querer, sem querer..."

Das promessas a serem cumpridas:


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Fazer tudo aquilo que te dê vontade e que você nunca fez!


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"A felicidade só é de verdade quando é compartilhada."

De noite


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Dói. Dói tanto que as palavras se perdem, a mente alucina, por dentro tudo parece corroer. Dói. Dói muito, de um jeito dolorido. Dói como se nunca mais a dor fosse passar, como se a vida não fosse curar, como se o mundo parasse ali para sempre. Dói. De forma intensa. Dói. Como se fosse a dor mais doída da vida...e da morte. 

Se você esquecer de si mesmo...


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...não haverá ninguém que irá lembrar.

O que você faria?


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Eu olho para ela e vejo todas as dúvidas que passam pela sua mente, os questionamentos sem resposta, que, na verdade, possuem resposta mas ela não quer exergar. Ela sente tão intensamente que prefere enganar sua mente com ilusões. Como alguém tão racional, com tantas ideias na cabeça, tão interessada em filosofar, problematizar, não aceitar o óbvio, se colocou nessa posição? Como ela permitiu que o seu mundo se transformasse nesse mundo? Como ela não percebeu que estava deixando alguém entrar pra revirar seu interior? O que você faria se fosse ela?

queria não ter deixado quem eu era ser sufocada por quem eu sou


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se você pudesse refazer sua vida, por onde começaria?
se você pudesse refazer suas escolhas, o que escolheria primeiro?
se você pudesse refazer seus passos, que caminho escolheria?

gostava de quem eu costumava ser, gostava dos sonhos que eu costumava sonhar, gostava das ideias que eu costumava ter...sinto tanta falta da arte, da filosofia, da leveza, da juventude, da revolução que eu costumava exalar...sinto falta de quem eu era e de quem eu queria ser.

são tantos erros, quando digo erros quero dizer erros em comparação a pessoa que eu desejava ser, fiz um caminho sem volta rumo uma vida que não era a que eu sonhava.

me enganei quando não podia mais me enganar.

a vida até te dá segunda chance, mas terceira? não, já é demais.
na verdade, você tem todas chances que quiser, mas tem que arcar com os julgamentos sociais, viver em sociedade é uma merda mesmo.

seria bom se, simplesmente, as pessoas não falassem das suas escolhas, se quando você resolvesse mudar, as pessoas não olhassem pensando ''ih, esse falhou mais uma vez, não aguentou a pressão, desistiu'', seria um sonho se as pessoas entendessem que mudar o rumo da sua vida não é desistir, é escolher, é tentar de outro modo, é procurar o caminho mais próximo do que chamam de felicidade, é tentar sentir satisfação.

acho que não gosto de quem eu sou hoje, queria voltar 10 anos atrás para poder construir quem eu deveria ser.


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e essa sensação estranha, o que eu faço com ela? Consigo jogá-la fora e fingir que nunca senti? Ou será que ela vai permanecer comigo "pra sempre"? Juro que não quero alimenta-la, mas parece que eu não tenho muita escolha, muito poder, sobre ela. É, vamos seguindo, na esperança de que eu acorde e nem lembre que um dia senti isso...