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É bem aquele momento que você percebe o pior do mundo, o pior das pessoas, o pior dos sentimentos, o pior da vida...
Só nota o ruim de você, aquilo que deu errado, os caminhos tortos...
Perde-se qualquer senso de realidade ou, na verdade, ganha-se nesse quesito. É possível. Talvez a realidade seja cruel assim mesmo, talvez a frieza seja o certo mesmo, talvez eu seja errada. Ou, também, eu seja a errada nessa realidade. Talvez nunca pertença a nada, a ninguém. E não porque não quero, mas porque não querem que eu pertença.
Mas, calma, não sou a única. Esse mundo aqui tem muitas pessoas escolhidas para "não fazerem parte de nada", aquelas tais de renegadas por diversas questões. É, não sou a única. Mas, mesmo assim, me sinto única. Única quando me vejo sozinha descendo ladeira abaixo, enxugando as lágrimas com as próprias mãos e engolindo o choro.
Sim, eu sinto demais. Exageradamente. Loucamente. Ridiculamente. Tanto faz a palavra. Só sei que eu sinto.
Talvez infelizmente, porque é duro sentir demais.