Anestesiada pela nostalgia.
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Olhar perdido, foi assim que eu a vi.
Sentada em um dos bancos, bem no meio do campus da faculdade, estava totalmente entorpecida, sem notar qualquer movimentação ao seu redor.
Provavelmente perdida em seus pensamentos como sempre, uma mistura incontrolável de lembranças e sonhos. E eu tentava decifrar aquela sua expressão em toda sua complexidade, gostaria de entender o que se passava em sua mente e em seu coração, sentir os seus medos e acalmar os seus sentidos.
De repente ouvi um grito, acho que alguém chamava pela menina, mas eu não conseguia decifrar o que diziam.
Concentrei-me no som, finalmente entendi o que falavam: "Rebeca, Rebeca..."
Era o nome da menina.
Eu era a menina.